Está cansado das estampas antigas do seu azulejo? Ou quer disfarçar algumas manchas do tempo ou até eliminar a aparência da cerâmica? Tudo isso é possível, pintando os azulejos, desde que com a tinta certa.
Muitas vezes somos paralisados por falta de informação na hora de realizar uma reforma, e logo largamos aquela conhecida frase : “Nada de quebra-quebra!”
Aí que entra a reforma sem “obra”, podemos renovar o azulejo destes ambientes e sim, acredite, é bem mais simples do que parece.
Assim como quando queremos renovar um ambiente começamos pela pintura podemos utilizar a mesma técnica nos azulejos do nosso banheiro e cozinha. Mas atenção, a tinta precisa ser específica para esse trabalho.
Como funciona?
Para que a solução funcione bem, as peças cerâmicas devem estar inteiras, assim como os rejuntes, e firmes na parede. Caso contrário, a tinta não se fixará adequadamente e o trabalho poderá se perder. Até o início dos anos 2000, era raro encontrar produtos específicos a esse fim. A solução consistia em improvisar com a cara tinta automotiva.
Hoje, o mercado dá conta de atender à demanda e apresenta opções elaboradas, tratam-se de tintas epóxi que podem ser à base do próprio epóxi (ou seja, diluível com solventes, oferecendo resistência máxima), epóxi à base de água (diluível com água) ou tinta acrílica (também diluível com água).
A tinta epóxi à base de água pode ser monocomponente (que já vem com catalisador para aumentar a aderência do produto ao substrato) ou bicomponente (necessita da adição do catalisador).
O catalisador é importante, pois, dependendo dele, a tinta poderá ou não ser aplicada em azulejos localizados em áreas sujeitas à umidade – o interior de um box, por exemplo.
A tinta Epóxi Catalisável, da Lukscolor, por exemplo, oferece o catalisador tipo amida para áreas secas e o tipo amina para locais úmidos.
Já a Suvinil Epóxi Tinta bicomponente e a Wandepoxy, da Corla Epóxi bicomponente, vendem as duas partes – tinta e catalisador – separadamente.
Tintas bicomponentes requerem uma pausa de 20 minutos depois de preparadas; só então podem ser utilizadas. São muito resistentes, mas podem amarelar quando a cor é clara, além de possuírem cheiro forte.
Além disso, se a bicomponente for a sua opção, considere chamar mão-de-obra especializada para pintar os azulejos: ela é mais difícil de lidar.
Portanto para áreas úmidas as opções são tintas epóxi com base epóxi ou água – mas procure especificações na embalagem. A Suvinil, por exemplo, possui uma tinta esmalte epóxi resistente à água.
As tintas epóxi monocomponentes possuem maior variedade de cores, que ficam estáveis, sem sofrer variações, e odor fraco. Elas ficam restritas a áreas secas, assim como as acrílicas para azulejos.
Tirando relevo do azulejo
Existe ainda a possibilidade de transformar a sua superfície de azulejos numa completamente lisa. Nesta técnica é necessário cobrir os azulejos com uma camada de massa acrílica (a corrida não adere à cerâmica) e após a secagem e lixamento é feita a aplicação da tinta de sua preferência, que não precisa ser especial para azulejos.
Construímos seus sonhos, sustentamos seu futuro.
Daniela Manosso Bampi é arquiteta LEED GA. Graduada pela Universidade de Caxias do Sul e Pós Graduada em Construção Sustentável pelo INBEC.